24.3.12

Brasil e tuberculose.

O Brasil é um dos 22 países priorizados pela Organização Mundial de Saúde que concentra 80% da carga mundial da tuberculose. Em 2009, foram notificados 72 mil novos casos. Esses indicadores colocam o Brasil na 19° posição em relação ao número de casos e na 104° posição em relação ao coeficiente de incidência.

Doença - A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria (Mycobacterium tuberculosis) que afeta principalmente os pulmões, mas pode afetar também outros órgãos, como rins e meninges. Os sinais e sintomas mais freqüentemente descritos são tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo; febre baixa geralmente à tarde; suores noturno; falta de apetite; palidez; emagrecimento acentuado; rouquidão; fraqueza; e prostração. Os casos graves apresentam dificuldade na respiração; eliminação de grande quantidade de sangue, colapso do pulmão e acumulo de pus na pleura (membrana que reveste o pulmão) - se houver comprometimento dessa membrana, pode ocorrer dor torácica.

Transmissão - A transmissão é direta, de pessoa para pessoa. O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo contaminando-o. Somente 5% a 10% dos infectados pelo bacilo de Koch adquirem a doença. Pessoas com Aids, diabetes, insuficiência renal crônica, desnutridas, idosos doentes, alcoólatras, viciados em drogas, pessoas privadas de liberdade, população indígena e fumantes são mais propensas a contrair a tuberculose.

Tratamento - A tuberculose é uma doença curável e tratável em todas as unidades de saúde da família. O tratamento é gratuito e deve ser feito por um período mínimo de seis meses, sem interrupção, diariamente. Quase todos os pacientes que seguem o tratamento corretamente são curados.

Prevenção - Para prevenir a doença é necessário imunizar as crianças de até 4 anos, obrigatoriamente as menores de 1 ano, com a vacina BCG. Crianças soropositivas ou recém-nascidas que apresentam sinais ou sintomas de Aids não devem receber a vacina. A prevenção inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, mal ventilados e sem iluminação solar. A tuberculose não se transmite pelo uso de objetos compartilhados.
O estrategista Célio Lopes contra o bacilo de Koch
Jornal A Cidade
"O bacilo é liberado pela tosse no meio ambiente, pode estar em todo lugar, principalmente nas aglomerações", comenta Célio Lopes Silva, professor de Farmacologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP. É dele a vacina gênica contra a ...

5.3.12

Idosos são mais sensíveis aos efeitos adversos dos remédios


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Estudo analisa os fatores associados à automedicação na população idosa de Campinas (SP).

O artigo “Automedicação em idosos residentes em Campinas, São Paulo, Brasil: prevalência e fatores associados” relata a prevalência e fatores ligados à automedicação em idosos. O estudo tem como autores Priscila Maria S. B. Francisco, da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas, Karen Sarmento Costa, da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas e da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, e colaboradores. A pesquisa foi publicada na edição de fevereiro deste ano nos Cadernos de Saúde Pública.

Os autores lembram que o envelhecimento populacional é um tema emergente em diversas áreas do conhecimento. E na área da saúde ele se caracteriza de forma peculiar, uma vez que há predominância de doenças crônicas e diversas de longa duração e isto exige um acompanhamento, cuidados permanentes e exames periódicos, afirmam. Segundo os especialistas, a prevalência de doenças crônicas com a idade, aumenta a demanda de consumo dos medicamentos – uns dos itens mais importantes da atenção à saúde do idoso.

Para os autores, os benefícios terapêuticos com o uso correto dos medicamentos são inegáveis, porém o elevado consumo entre os idosos pode causar riscos à saúde. “Os idosos utilizam de dois a cinco medicamentos diariamente e são mais sensíveis aos efeitos adversos, interações medicamentosas e toxicidade”, alertam. Além disso, os especialistas notaram que o consumo de medicamentos sem prescrição médica é um problema na população idosa.
De acordo com os especialistas, há fatores que contribuem para a automedicação como “familiaridade com o medicamento, experiências positivas anteriores, a função simbólica que os medicamentos exercem sobre a população, e a dificuldade de acesso aos serviços de saúde”. Há estudos que investigam a prevalência e os fatores associados à automedicação e os seus resultados demostram que a prática varia entre os idosos residentes em diferentes localidades, informam. Os autores alertam para as desvantagens da automedicação, por exemplo, “os gastos desnecessários, atraso no diagnóstico e na terapêutica adequada, potenciais riscos de interações com os medicamentos prescritos, resistência bacteriana, reações adversas e intoxicação”.
Através dos resultados, os especialistas concluíram que a automedicação entre idosos em Campinas é de baixa prevalência e os medicamentos não prescritivos mais utilizados são de venda livre, o que sugere uma observação nos critérios técnicos no cuidado e na qualidade da assistência farmacêutica oferecida aos idosos pelo município. Entretanto, “diante da importância que se reveste o tema e da necessidade de sua melhor compreensão, estudos como este podem ser utilizados como ferramenta em diferentes localidades, para subsidiar a promoção do uso racional de medicamentos neste segmento populacional”, lembram os autores.