27.9.10

Políticas públicas e envelhecimento por Marisa Accioly Domingues




O crescimento no número de idosos é o triplo do da população como um todo, mostrando a celeridade do processo de envelhecimento brasileiro. Em 2009, havia cerca de 21 milhões de idosos no país e, entre 1999 e 2009, o percentual das pessoas com 60 anos ou mais de idade no conjunto da população brasileira passou de 9,1% para 11,3%. Segundo dados da PNAD 2009, a participação das pessoas com 25 anos ou mais de idade no total da população brasileira vem crescendo ano a ano entre 2004 (53,7%) e 2009 (58,4%), enquanto a das pessoas na faixa até 24 anos de idade vem diminuindo e caiu 46,3% para 41,6% no mesmo período. 
 
Na comparação entre 2008 e 2009, houve redução de 642 mil pessoas na população até 24 anos de idade, enquanto a faixa etária de 25 a 59 anos aumentou em 1,8 milhão de pessoas. A taxa de fecundidade foi de 1,9 filho por mulher em 2008 e 2009, contra 2,1 em 2004. Na população de 60 anos ou mais o crescimento foi de 697 mil pessoas entre 2008 e 2009, o que representou um aumento de 3,3%, contra uma elevação de 1% no total da população residente do país. Em 2009, 11,3% dos brasileiros tinham 60 anos ou mais de idade, frente a 11,1% em 2008 e 9,7% em 2004. 
 
A região Norte seguiu com as maiores concentrações relativas nos grupos etários mais jovens, sobretudo de pessoas de 5 a 14 anos de idade, 21,4% em 2009. Já as regiões Sul e Sudeste apresentaram os maiores percentuais na faixa de 40 a 59 anos (25,6% e 26,2%) e na faixa de 60 anos ou mais (12,7% e 12,3%). E quanto aos indicadores de saúde, o que revelam de nossos idosos? Mostram-nos um conjunto de 22,6% de pessoas com 60 anos ou mais que declaram não ter doenças e 45,5% que consideram seu estado de saúde bom ou muito bom. Apenas 12,6% disseram ter a saúde “ruim” ou “muito ruim. O Rio de Janeiro continua sendo a cidade com maior proporção de idosos do país (49,1%). 
 
Esses dados nos mostram a importância de olharmos para esses indivíduos. Por certo o acelerado envelhecimento de nossa nação, que vigorosamente transforma a matiz "um país de jovens" em um território grisalho, impele ao avanço nas políticas públicas brasileiras. Temos cada vez mais uma maior participação dos idosos no que concerne ao exercício de sua cidadania, de seus direitos e deveres. A população longeva mostra-se cada vez mais presente, participativa, como preconiza a Política do Envelhecimento Ativo.
 
Desde a Política Nacional do Idoso, 1994, até a sanção presidencial do Estatuto do Idoso, 2003, muitas lutas e reivindicações sociais ocorreram em defesa dos direitos da pessoa idosa. A redução da idade de 67 para 65 anos para o recebimento do beneficio de prestação continuada foi um avanço conquistado pelo Estatuto do Idoso, para o benefício garantido pela Lei Orgânica da Assistência Social de 1993. Esse benefício tira da linha de pobreza um grande número de pessoas idosas, melhorando a condição de vida tanto desses indivíduos, quanto de suas famílias, já que cresce no país o número de idosos mantenedores de lares. A Política Nacional de Saúde do Idoso de 1996, revisitada em 2006, define a capacidade funcional como eixo norteador para as ações com pessoas idosas. 
 
 
A Política Nacional de Assistência Social, 2005, tanto na proteção básica, quanto na proteção especial de média e alta complexidade, define lócus de atenção ao idoso, desde núcleos de convivência, até as instituições de longa permanência para a pessoa idosa.

Permeando as Políticas Públicas, temos o controle social do cidadão idoso, participando dos fóruns, dos conselhos municipais, estaduais e nacional do idoso, legislando, cobrando, exigindo, fazendo com que a nação garanta os seus direitos. Sabemos, é claro, que muito ainda precisa ser realizado para a plena garantia dos direitos dos 21.736.000 idosos que hoje temos no país.
O caminho está dado, e os caminhantes mostram-se dispostos a seguir caminhando!

Marisa Accioly Domingues é professora e doutora em Gerontologia pela Universidade de São Paulo - USP e Escola de Artes, Ciências e Humanidades - EACH. maccioly@usp.br)

4.9.10

Doze passos essenciais para que você recupere o que não está mais à vista

Você corre pela casa, abre todas as gavetas, armários, bolsas e até geladeira, mas nada da chave do seu carro aparecer e essa não é a primeira vez. Constantemente você se vê na situação de desespero à procura de algum objeto perdido e, com isso, além do tempo, a sua calma também vai embora.

Há muitas razões possíveis, mas a explicação pode ser também mais simples do que imagina. Você apenas não entendeu a melhor forma de agir nesse momento. Quem garante é autor do livro que fala sobre como achar objetos perdidos How to find Lost Objects, Michael Solomom. Segundo ele, é fácil achar qualquer coisa. Desde que você saiba como procurar.

No livro e também no blog que mantém, Solomom mostra os 12 passos essenciais. Veja nas próximas páginas. Você pode continuar apelando para São Longuinho, mas vai ter mais chances.

Perdeu? Não comece a procurar imediatamente

Caso tenha perdido alguma coisa, e sua primeira iniciativa é colocar o sofá de cabeça pra baixo, as chances maiores são de encontrar centavos perdidos e o chocolate do seu filho ou neto. De acordo com Solomom, é mais eficaz esperar e refletir até ter uma boa idéia por onde começar a procurar.

Você pode estar perdido e não o objeto

Pode parecer que o objeto se perdeu sem motivos ou explicação. Você o deixou bem ali e agora ele desapareceu. Segundo Solomom, o objeto não está perdido e sim você, para isso uma busca sistemática deve ser feita.

Não entre em pânico

Você pode estar 15 minutos atrasado para o trabalho, mas procurar no pote de biscoitos pelo seu celular não faz sentido. Utilize o que Solomom chama de três C e comece a procurar quando se sentir confortável, calmo e confiante.

Procure no lugar de sempre

Geralmente o objeto perdido está exatamente onde normalmente ele costuma ficar. É possível que você ainda não tenha procurado neste lugar, ou não parou para pensar nessa possibilidade. A tendência é sempre imaginar os lugares mais inusitados.

Tente lembrar onde viu pela última vez

Pare um momento para pensar sobre onde deixou pela última vez o que perdeu. Não procure pela sua escova de dentes na cozinha, a não ser que tenha escovado os dentes lá. Tente ser mais prático e raciocine antes de iniciar a busca.

Cheque mais uma vez

Volte ao último lugar que esteve e procure novamente o objeto. Mas lembre-se do que está realmente procurando. Muitas vezes quando estamos desesperados em busca de algo, esquecemos exatamente o que procuramos. Tente repetir a o nome do objeto várias vezes.

Efeito camuflado

Considere que o objeto pode estar no lugar certo, mas não exposto à sua vista. Procure por debaixo de outros objetos, como almofadas, travesseiros, portes, vasos. Pode estar somente escondido.

A regra dos 20cm

Às vezes os objetos se movem. Alguns deles têm capacidade de rolar, como a caneta, por exemplo. Se é este o caso, ele provavelmente estará a 20cm do lugar onde foi colocado. Tente desenhar um círculo imaginário de 20 cm na área e inicie a busca. De acordo com Solomom, este círculo é a “Zona Eureka.”

Onde você perdeu?

Quando você perde alguma coisa é garantia que ouvirá esta típica pergunta “Onde viu pela última vez?” Procurar pelo lugar onde viu o objeto pela última vez é senso comum. A melhor forma para achar algo é lembrar onde estava e para isso antes é preciso de um momento para pensar.

Não perca tempo

Se já procurou algo por todos os lugares possíveis e imagináveis, por inúmeras vezes, não consegue mais raciocinar e já se estressou o suficiente, desista momentaneamente, e volte quando estiver mais calmo e tranqüilo.

Rastreie os seus passos

Leve um momento para repensar sobre seus últimos passos. Você poderá não lembrar onde exatamente perdeu o objeto, mas o que recordar será muito útil para o sucesso da busca.

Pergunte em volta

Se tudo o que foi feito não deu resultado, é seguro assumir que pode não ter sido você a perder o que procura. Quem sabe alguém em sua casa pegou emprestado, ou trocou de lugar para um outro que você desconhece, ou seu cachorro comeu. É bom nessas horas perguntar às pessoas de sua convivência